Brasil racista: uma ova!
Sabemos muito bem que o racismo possui raízes históricas profundas,
sabemos também que o racismo em termos legislativos no passado era
considerado “legal”, o séc. XVI foi uma tortura ambiental,
étnica, mercantil e “trabalhista”.
A linha cronológica da terra do Pau-brasil foi
sobrepujada pela exploração e como qualquer fato histórico dessa
magnitude desastrosa, deixa marcas que demoram a cicatrizar.
Após 5 séculos há quem diga que essa ferida
racial ainda está aberta,que o racismo vigora na sociedade mais
veemente força de outrora, seria isso verdade?
Talvez em um país de 200 milhões de habitantes
há grande probabilidade de casos isolados, mas nossa sociedade
constituir-se apenas em sua parte integral de racistas é algo que as
pesquisas refutam rapidamente.
A pesquisa feita com base no PNAD/2004 e analisada
pela mestre em direito constitucional da Universidade de Brasília
(UNB), Roberta Kaufmann, mostra a mesma dificuldade de brancos,
pretos e pardos de renda familiar compatível no acesso a
universidade.
Sendo assim, o problema ao ingresso na universidade estaria
restringido economicamente não racialmente, com essa lógica qual
seria o sentido das cotas raciais? Para o racismo acabar de uma vez
no Brasil, temos que nos libertar dessa vitimização e parar de
cutucar a ferida quando ela está preste a sarar e lembrar que esse
problema está na história, nos livros, mas não podemos trazer mais
essa, que foi uma triste realidade - para o presente.